Inspiração e poemas
Bárbara Bedôr
Muito se busca entender a respeito do que gera inspiração para um poeta escrever. Alguns tentam uma formula magica: “Conheça os 5 passos do poema perfeito”, ou ainda “Compre meu curso e se torne um poeta de sucesso”. Mas a verdade é que não há receita de bolo ou manual de instruções para escrever um bom poema. Muito menos haveria de ter um checklist fixo para se ter inspiração.
A inspiração não reconhece padrões rígidos e pré-estabelecidos; não responde quando você – pessoa – quer. A inspiração, quando alimentada, flui livre como rio, traçando seu curso, e aparecendo conforme lhe convém.
E o que a alimenta? Poderia muito bem dizer que a leitura é a grande força motriz da inspiração. E, de fato, é um elemento de suma importância no processo de escrita de um poema. Mas se se delimitasse e isso, excluiria todos aqueles poetas que mesmo sem um profundo conhecimento linguístico, ou um habito de leitura bem fundamentado, compuseram belos poemas, tendo seus textos escritos por outras pessoas. Uma outra metáfora que podemos usar para a inspiração é que ela é a grama, ou a flor, que surge entre os paralelepípedos, mesmo em ambiente pouco favorável e esperado para seu desenvolvimento.